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Jornada de Trabalho de 4 Dias: Experiências, Polêmicas e o Que Pode Vir por Aí

Jornada de Trabalho de 4 Dias: Experiências, Polêmicas e o Que Pode Vir por Aí

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Na França, mudança na jornada semanal exigiu esforço de quatro anos do governo e dos empresários. — Foto: Getty Images via BBC

E aí, já pensou em trabalhar só quatro dias na semana e curtir um feriadão prolongado todo fim de semana? Pois é, a ideia de reduzir a jornada de trabalho ganhou força no Brasil com a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) propondo um esquema 4×3 — quatro dias de trabalho e três de folga. Parece um sonho, né? Mas será que isso realmente funciona? Bora trocar uma ideia sobre como isso tem rolado pelo mundo.

O que a proposta quer mudar

Basicamente, a ideia da deputada é mexer em dois pontos da Constituição: reduzir a carga semanal de 44 para 36 horas e oficializar o esquema de quatro dias de trabalho. Enquanto a gente aqui ainda tá debatendo se isso é viável, alguns países já começaram a testar. Spoiler: nem todo mundo tá convencido de que vai dar certo.

E lá fora, como funciona?

Vamos pegar a Bélgica como exemplo. Eles foram os primeiros na Europa a mexer na legislação para permitir a semana de trabalho de quatro dias. Só que tem um detalhe: os belgas não trabalham menos horas; eles só condensam as horas em menos dias, o que significa dias beeem longos de 9,5 horas. Legal ou cansativo? Depende do ponto de vista.

No Chile, a coisa é mais flexível, mas depende de acordos entre patrões e sindicatos, o que complica a vida de muita gente. Resultado? A ideia ainda não decolou de verdade.

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Na Bélgica, semana de quatro dias de trabalho ainda é restrita a poucos funcionários, apesar de prevista em lei. — Foto: Getty Images via BBC

Empresas que testaram a ideia

Algumas empresas pelo mundo toparam fazer testes, como os projetos liderados pela 4 Day Week Global. No Brasil, 22 empresas participaram de um desses pilotos. O resultado? Menos faltas e produtividade lá em cima. Parece promissor, mas ainda é uma realidade distante para a maioria dos trabalhadores.

A resistência dos empresários (e de alguns trabalhadores)

Como tudo que mexe com grana e produtividade, a resistência é grande. Empresários têm medo do impacto nos custos, e até em países que tentaram reduzir a carga horária, como a França, o efeito foi misto. Em 1998, eles reduziram de 39 para 35 horas semanais, mas o empresariado segurou os aumentos salariais e deu seu jeitinho pra compensar.

Curioso é que, mesmo com todas as promessas, tem trabalhador que prefere manter a rotina puxada pra tentar aumentar a renda. No fundo, a gente vê que nem tudo é tão simples quanto parece.

E o que rola no Brasil?

Por aqui, a ideia de trabalhar menos dias tem seu apelo, mas ainda estamos nos primeiros passos. É uma proposta que mexe com muita coisa — produtividade, salários, acordos coletivos… vai dar pano pra manga. O ponto é: será que isso funcionaria pra todo mundo ou só pra uns poucos setores?

Reflexão final

Agora me conta, você toparia uma jornada de quatro dias, mesmo que significasse dias mais intensos de trabalho? Será que essa ideia realmente melhoraria nossa qualidade de vida? Bora debater!

Matéria original retirada do site do G1.

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